A Comissão Europeia visitou Projetos de Desenvolvimento Rural na região de Lisboa e Vale do Tejo, no passado dia 11 de dezembro, no âmbito do PDR 2020 - Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020.
A Direção da DRAPVT integrou a comitiva da Comissão Europeia, que visitou a Nuvi Fruits, a Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e a Fio Dourado/Quinta do Juncal.
SUBPROGRAMA 1: Promoção da Competitividade - Medida 1.1: Inovação e Desenvolvimento Empresarial 
A NUVI FRUITS, S.A. pertence ao Grupo Luís Vicente, que se dedica à comercialização de fruta e legumes que exporta para mais de 35 países e emprega 200 pessoas (a que se juntam 150 sazonais, em função dos picos de atividade).
Depois de anos de experiência na produção e comercialização agrícola, investiu recentemente numa fábrica de fruta fresca cortada de 4.ª gama. A criação da NUVI FRUITS começou com um investimento de 1,5 milhões de euros na nova unidade, mas há planos para a construção de outra fábrica.
Disposta a conquistar o mercado português da grande distribuição, o canal horeca, o comércio tradicional, instituições e companhias aéreas, esta beneficiária FEADER pretende ainda contribuir para aumentar a competitividade da região Oeste.
Ação 1.6.1: Desenvolvimento do Regadio
Investimento Aprovado: 5,1 Milhões de euros
Apoio PRODER Aprovado: 5,1 Milhões de euros
A área beneficiada pelo Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira localiza‐se numa faixa entre o rio Tejo e o rio Sorraia, abrange uma área total de cerca de 13.420 ha e limita, através da Estrada Nacional Nº 10, a Lezíria Norte da Lezíria Sul.
Esta operação tem como objetivo reestruturar as infraestruturas de rega do Bloco IV da Lezíria Norte, com uma área de cerca de 1.010 hectares, através da construção da rede de rega, que irá permitir o sistema de rega por pressão induzida em toda a zona. A água passará, assim, a ser fornecida à parcela do agricultor a partir dos hidrantes. A estação elevatória do Ramalhão, já construída, fornece água ao Bloco III, já equipado e, ainda, ao Bloco IV. Esta estação tem como objetivo efetuar a adução e a drenagem das águas das valas atuando com pressão o que permite ultrapassar o efeito das marés. A execução deste projeto permitirá, ainda, rentabilizar a estação elevatória do Ramalhão ‐ apesar de dimensionada para 2 blocos, tem apenas um em funcionamento o que implica uma enorme perda de eficiência, com elevados custos fixos por hectare de funcionamento.
Também a rede de drenagem foi beneficiada, assegurando a sua separação da rede de rega do bloco. Além da melhoria da eficiência da drenagem nas valas, esta obra permite a drenagem ao nível das parcelas, através da instalação de uma drenagem sub‐superficial. A possibilidade de se efetuar a drenagem por bombagem faz com que esteja dependente das cotas das marés, realizando‐se quando for necessário e não quando for possível.
O projeto contribui para os objetivos estratégicos nacionais e regionais, abrangendo uma percentagem extremamente elevada de culturas hortícolas e horto‐industriais, abrangendo ainda no sector do arroz uma percentagem considerável de produto com Indicação Geográfica Protegida‐Arroz Carolino das Lezírias. O beneficiário destaca como principal consequência desta operação, a possibilidade de realização de uma maior área de culturas hortícolas e hortoindustriais, nomeadamente no período de Outono‐Inverno. Na área de influência deste bloco, é expectável um incremento da área de arroz, de tomate e de culturas hortícolas diversas; a manutenção da área de milho e a diminuição de áreas forrageiras; e, em sentido contrário, o desaparecimento da cevada, trigo e girassol.
FIO DOURADO, Lda.
SUBPROGRAMA 1: Promoção da Competitividade Medida 1.1: Inovação e Desenvolvimento Empresarial 
Ação 1.1.1: Modernização e Capacitação das Empresas – Componente Agroindustrial (2 Projetos)
Ação 1.1.1: Modernização e Capacitação das Empresas – Componente Agrícola (3 Projetos)
Investimento Global Aprovado: 3,4 Milhões de euros
Apoio PRODER Global Aprovado: 1,3 Milhões de euros
O lagar está na família há mais de um século. João Vítor Mendes, detentor de vários olivais na região de Santarém, herdou‐o, e, em 1991, passou a explorá-lo, encetando uma contínua remodelação que contou com o apoio PRODER, passando do artesanal, de prensas, à modernização tecnológica na extração do azeite. Juntamente com a mulher, Maria Mendes, constituíram em 2008 uma sociedade ‐ a Fio Dourado ‐ que tem feito das questões ambientais uma preocupação. São essencialmente uma empresa produtora de azeite, cuja referência é a marca Quinta do Juncal, designação que advém da principal exploração agrícola.
São cerca de 155 ha de olival tradicional com variedade Galega, 45 ha de olival intensivo com variedades Galega, Cobrançosa e Pictual e 15 ha de olival em sebe com variedades Arbequina e Arbosana. O ciclo de produção e trabalho do azeite Quinta do Juncal é orientado pelas regas da Proteção Integrada. Este cuidado permite obter azeitonas sãs, colhidas no momento ótimo de maturação e laboradas em lagar no próprio dia da colheita.
A FIO DOURADO abrange toda a fileira, desde a produção de azeitona e a extração do azeite, até ao seu embalamento e comercialização. A linha de equipamentos em aço inoxidável permitiu um salto qualitativo no azeite, por via do reforço nas condições de higiene e a utilização de baixas temperaturas. Foram ainda instalados equipamentos de limpeza e lavagem da azeitona. O embalamento e comercialização de azeite virgem extra com marca própria ‐ Quinta do Juncal ‐ é realizado desde 2001. A qualidade do azeite foi distinguida no ano passado pelo Prémio Intermarché Produção Nacional, tendo a empresa sido um das vencedoras.
O projeto agrícola desta empresa, que nasceu integrado numa candidatura de fileira, agregando um conjunto de vinte e um olivicultores que realizaram investimentos no aumento da área produtiva, pela instalação de novos olivais, foi selecionado pelo Ponto de Contacto da Rede Europeia de Desenvolvimento Rural, em articulação com a Comissão Europeia – DG AGRI, como caso de sucesso a nível europeu, passível de disseminação no âmbito do ciclo de programação (2014‐2020) da Política de Desenvolvimento Rural.